'e novamente as mesmas perguntas foram feitas. cada letra de sua resposta sendo analisada, a forma como sua boca mexia, a passada de mão nos fios de cabelo, até seus olhos quando piscavam diferente eram percebidos. era o milagre da desconfiança surgindo entre eles. ninguém ama para sempre quando não consegue confiar. apesar do forte sentimento, eram dois, um longe do outro. não estavam emocionalmente ligados e nem fisicamente, tiveram dúvidas em horas decisivas e isso rendeu algumas lágrimas nos travesseiros, toda hora questionavam a si mesmo sobre sua FELICIDADE, se perguntavam se aquela era a vida esperada.
Um drama comum, pouco notado. Algo natural, que acontece "nas melhores familias", como diz o ditado. Algo triste, que machuca qualquer coração. Eles tinham tudo, eles REALMENTE tinham tudo para se completarem. mas suas escolhas fizeram-os vitimas dos próprios crimes. Foram crimes perfeitos, não houve marcas externas, não existiram suspeitos. Foram crimes que eles não sabiam que tinham cometido. Crimes contra o amor, o pior dos crimes. Assassinaram o amor verdadeiro por motivos futéis. restou fingir. restou curtir. restou discutir. restou chorar. Eles se amavam. Talvez seja a única coisa da qual não descofiavam um do outro. Não foi o bastante. Mutilaram o amor!
